terça-feira, 1 de julho de 2008

Toddynho: Uma história de amor...ou aventura?


Como prometi, hoje contaria minha história com um certo carro.
Ficha técnica: Uno SX, cor predominante AZUL, ano de fabricação: 1997, ano do modelo:1997, gasolina, injeção eletrônica, rodas de liga leve aro 13, placa GUY-1539, Alfenas - MG.Não, eu não quero vendê-lo, só estou dando uma idéia de como ele é.
Fazia tempo que ele estava na família, mas eu nunca me importei com ele, até então era somente um carro, levava e buscava pessoas e coisas. Mesmo as poucas vezes que dirigi ele, sem carteira, na estrada, ele nunca representou mais do que um carro pra mim. Mas foi assim, que mesmo sem ser Toddynho, ele começou a se tornar meu companheiro de aventuras. Um dia, voltando de um rancho, de madrugada, feriado de carnaval, eu dirigindo e meu pai do lado, passando do lado de um posto da polícia rodoviária, tinha blitz. Falei pro meu pai orar, pq se mandassem a gente parar, estávamos ferrados. Dito e feito. Na hora, eu muito nervoso e inexperiente, perguntei pro meu pai se devia parar ou continuar, meu pai disse pra eu continuar. Pra que???Fomos perseguidos, tivemos que encostar, descemos do carro sob mira de umas 20 armas dos policiais.Moral da história: Carro apreendido, carteira do meu pai suspensa, e muitas multas.
Passado um tempo, comecei a me apaixonar por carros e tudo relacionado. Já tinha 18 anos e nada de pensar em tirar carteira, mas como que do nada, quis por que quis tirar e comecei. Cara, como são duras as aulas teóricas...passadas longas semanas, fui fazer o psicotécnico. Somente pela vontade divina que eu passei, e estava pronto pra começar as aulas práticas. Ainda tinha a prova teórica: 30 questões, pra acertar no mínimo 21 e eu marquei 28. Mas como eu disse no primeiro texto, sempre busco a excelência, fiquei querendo saber um meio de descobrir as 2 questões que tinha errado. Depois de muito tempo, comecei minhas aulas, comecei em um Celta e depois mudei para um Uno, sendo que eu queria mesmo era ter feito em um Gol.Uma bomba no Celta e uma no Uno, passei de 3ª. Mas foi depois da bomba que levei no Uno que o carro de casa se passou a ser um companheiro de aventuras. Um dia, estava eu em casa, sábado, dia de Arena Jov, e aí lavei o carro e disse pra minha mãe que depois ia dar uma volta pra secar ele. Meu pai estava viajando e eu, mesmo sem saber, planejava a minha primeira aventura. Falei pra minha mãe que ia no culto de carro. Estava preocupado só em o pastor não ver, não por que era uma coisa errada espiritualmente, pois eu estava desobedecendo a lei de homens e a lei de Deus. Deus já estava vendo até minhas intenções. Eu não estava com medo por ser pastor, e sim pelo pastor ser detetive e examinador da polícia. Saí e pensei:" é só eu ir por baixo e parar o carro meio que escondido, não tem erro.". Bom, só que aconteceu uma coisa muito cômica e trágica. A primeira pessoa que eu vi foi o pastor detetive. Teve uma vez tbm que estava chovendo e eu tinha que levar a Cacá(Ana Cláudia), uma grande amiga, em casa depois do culto. Essa foi uma ótima aventura, pois além da chuva, o limpador de para-brisas não funcionava e tinham dezenas daquelas caçambas de disk-entulho, praticamente uma por quateirão. Eu tentava falar pra Cacá que ela tinha que empurrar o limpador, mas ela não entendia. Nisso eu custando a enchergar e ainda desviando das caçambas, ouço ela dizer: "Nossa, se fosse eu, já teria enfiado o carro na primeira caçamba, não to vendo nada!".Depois disso tudo, virou mania eu dirigir o carro, até que antes de eu tirar carteira, ele já tinha virado Toddynho.
O nome: Dias depois, contando essas histórias pros meus amigos, falei:"...ah, esse carro é meu companheiro de aventuras!". Essa frase ficou na minha cabeça, pois sabia que era algo. Aí me lembrei que era o slogan de uma marca, um produto, mas não sabia qual. Até que um dia, não me lembro se vi na TV ou li na internet, a resposta: "Toddynho, seu companheiro de aventuras". Estava batizado!
Essa foi a história de aventura, a de amor começou quando eu ganhei a minha chave do carro e meu pai recebeu um Celta da Sadia, carro de trabalho. Mas aí, por mais que tudo dissesse não, o carro era meu...Aí, não sei como começa a relação afetiva de uma pessoa com um...carro! Sei que nunca mais usei termos como "andar de carro" ou "lavar o carro". Sempre comunicava o Toddynho que ia lhe dar um banho ou que ia levar ele pra passear um pouquinho. E aí, incondicionalmente, nós, que temos amor por um carro, ou qualquer objeto inanimado, começamos a ver expressões faciais e mudanças de comportamentos. Mas a verdade é que existem. Sempre que o estaciono, ele olha pra mim como se dissesse: "Ei, vê se não demora tá?". E quando eu me lembrava do carro da auto-escola, ele ficava com ciúme...
Lembro que quando o Celta do meu pai chegou, claro que foi o meu que perdeu a garagem...mas tudo bem, toda noite, quando ia guardar ele, falava pra ele que era pra ficar bem, que nada ia acontecer com ele e que de manhã eu acordaria bem cedo pra pegar ele...mas sempre ficava com um aperto no coração de deixar ele lá. Até que um dia eu acalmei ele...falei pra ele: "Olha, eu sei que é sacanagem, aquela garagem era sua! Mas, pensa pelo lado positivo, pelo menos o sheick (meu cachorro) nunca mais vai mijar nas suas rodas...". Funcionou...agora nós já adaptamos e tem vezes que ele passa dias sem eu ir ver ele, mas é bom, pq aí quando eu vou ver ele, mato as saudades...essa é a história de amor...
Agora virou moda, todos meus amigos sempre perguntam dele, quando eu saio sem ele sempre me pergutam cadê o Toddynho? O problema é que ele tah passando por uma fase adolescente, só dá trabalho. Vive parado ou no hospital. Mas agora, falta poko, aí ele vai estar 100% pra gente zuar bastante...
Bom, por hoje é só e amanhã falarei de...pensando bem, fica na curiosidade...até amanhã!!!