quinta-feira, 23 de setembro de 2010

À Procura de um Anjo

Quantas pessoas nos fazem querer ser um anjo em suas vidas? Será que elas querem realmente um anjo? Será que a pretensão de ser nos torna, realmente, um anjo? Não me parece bacana ser um anjo. Por que um anjo tem pudor, aquele caráter puro que nos faz pensar que coisas normais são proibidas e nos deixam reclusos, privados de certas coisas que só fazem bem. Qual o limite dentre o pudor e a falta dele? Quanto pudor é bom e quanta falta de pudor é necessária? Acredito que não devemos querer nos moldar anjos, pois as coisas necessárias, como cuidado, carinho e preocupação, estas são intrínsecas do sentimento que nutrimos por certa pessoa. Devemos mirar como alvo a felicidade da pessoa e não a preocupação que devemos ter, ou o carinho, por exemplo. Quando queremos atingir a felicidade da pessoa, tudo é equilibrado. E será que não é esse o tipo de anjo procurado, sem pudor, no limite do aceito? Um anjo que não passa de uma pessoa que quer a nossa felicidade. Assim, temos e somos anjos, pelo menos esperamos ter. Antes, devemos perceber o anjo que somos pra só depois fazermos que esse anjo (sem pudores) encontre alguém para ser tomado pelo sentimento nato do que se espera de um relacionamento.