quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ser humano, a eterna contradição.

Por que contradição? Porque o ser humano é imprevisível. Chega a ser desprezível.
De uma forma ou outra, os textos acabam indo direto ao sentimento. Mas tudo bem. Eu vejo que as coisas não relacionadas a sentimento não são mais que "cursinhos" para lidar com o coração.
Lá na Unifal, desde quando eu entrei (2009/01), haviam muitos cães. Depois de um tempo, multiplicou o número de cachorros. Até que um dia, vi que a maioria deles estavam com coleira. Ouvi um comentário maldoso: "Olha, a festinha rendeu. Deu até pra colocar coleira nos cachorros!". Sem malícia, achei que era ironia mesmo colocar coleira nos cães. Até que descobri que de ironia, não havia nada. O que havia era um projeto super bacana de cuidar dos cães, fazendo festas para arrecadar fundos para eles.. Eu sou suspeito pra falar, por que mesmo antes disso, eu nunca havia negado carinho a nenhum cachorro. Descobri que um grupo de alunos dos mais variados cursos estavam dando vermífugo, vacinas, banho, ração para os cães. Aí então começa a contradição.
Os alunos reclamavam dos cães na faculdade. Que os cães estavam na cantina, que cada dia tinha mais. Aí começaram a cuidar dos cães. E os alunos também reclamaram! Isso é absurdo! Se baseavam que os cães não teriam o por quê de sair da faculdade, já que estavam cuidando deles. Só um argumento basta pra mostrar como são babacas os que reclamam: Os cães NUNCA tiveram motivo pra sair da faculdade! Tanto é que eles estavam lá antes de alguém sequer pensar em cuidar deles. Ou seja...quem não faz nada só reclama. Na maioria das vezes, nem sabe do que está reclamando, só quer ser dá oposição.
Esse foi um pequeno enunciado para dar a entender essa contradição. Por que as pessoas partem do pressuposto que sabem o que querem, e sem ser machista, os homens sabem o que querem. As mulheres não. E talvez seja por isso que eu, sendo homem, veja isso como contradição. Eu sou a contradição em pessoa. E é isso que maltrata meu coração. Por que conheço meninas que dizem querer uma coisa que sei que posso dar...e de repente elas não querem o que disseram querer. Fica a dúvida se elas realmente queriam o que diziam querer. E quando elas se contradizem, não verbalmente, mas demonstrativamente, a gente fica pensando onde errou, se errou...mesmo não errando, a gente já errou. E a contradição delas faz a gente ter a nossa. E se a gente errou, foi por não acompanhar o que a mulher quer  na velocidade em que ela troca de "querer". Bom...é mais ou menos por aí. O ser humano não pode ter tudo que quer, por que, na verdade, quando é que o ser humano sabe o que quer?

sábado, 21 de novembro de 2009

Esse [não] sou eu...

Parece que agora só escrevo algo quando to deprimido. Mas sempre tem um motivo. Ás vezes, é por que o que eu sinto, eu guardo só pra mim, e sofro sozinho, sem poder falar pra ninguém. Ás vezes, alguém me diz alguma coisa, que talvez eu não quisesse ouvir, por saber que era verdade. Não importa o que aconteça, acabo aqui, sozinho. Dessa vez pode ser diferente, por que talvez agora eu tenha descoberto ou tenha admitido o que de fato faz eu estar sozinho. É por que quando eu gosto de alguém, a primeira fase é tratar super bem dela. A segunda é quando percebo (ou suponho) que não vai dar mais em nada, aí eu começo a maltratar. Mas de forma subliminar.
Não sendo pessimista, percebi que tudo vai dar errado, se não houver interferência. O pessimista não faz esforço nenhum e se algo der certo, foi lucro. O otimista interfere para fazer as coisas darem certo. Há um tempo, eu me vangloriava de que sabia que as coisas iriam dar errado, por que de fato davam errado. E talvez fosse por isso, eu tinha o habito de desistir antes de tentar. Mas davam errado por que eu não fazia dar certo. E agora, parece um pouco tarde pra ser otimista, e tentar fazer as coisas darem certo.
Eu amo cachorro. E talvez meu erro tenha sido tratar as pessoas das quais eu gosto como se fossem cachorros. Pois o cachorro a gente chinga, a gente bate, mas você chama ele de volta, e ele vem abanando o rabo. E eu achava que podia magoar as pessoas e depois chamar de volta, como se não tivesse acontecido nada. Por outro lado, meu rottweiler me mostrou que as pessoas podem agir como cães. Fazer o que eu não gosto, e insistir naquilo, até me irritar e eu me estressar com essa pessoa. O erro foi meu ou do cão? E cada pessoa é um universo, cada tratamento tem que ser diferente. E, ás vezes, a gente não percebe o que incomoda essas pessoas, por que o jeito delas agirem não muda. Até chegar uma pessoa, da qual tratamos como amigo, e nos diz essas coisas. Uma pessoa que sabe muito bem o que está falando, tem um aval pra dizer tudo aquilo. Aí que me coloquei em mim. Não sei como agir, o que mudar. Se dá tempo de correr atrás do caminhão de lixo e resgatar o que joguei fora. E aí vou partir do pressuposto que não dá mais tempo e que se eu tiver que mudar alguma coisa, tem que ser daqui pra frente. Mas agora eu não sei o que fazer, mesmo por que tenho uma coisa mais importante pra pensar. Tenho que descobrir quem sou, na verdade, acho que tenho que fazer um eu de novo. Não sei quem sou, tenho uma vaga lembrança do que fui, de quem fui. Não posso ser quem eu fui de novo, mas não tenho uma referencia minha pra tentar resgatar meu eu. E é como se minha vida tivesse apagando. Como se ninguém fosse lembra de quem eu fui, como se eu fosse invisível. Mas isso não faz diferença. Eu sempre tive dois de mim. Que tinham um conflito. Um sempre tinha esperança de tudo, que tudo desse certo. E o outro era só o contrário desse. Tanto me fazer pensar que uma coisa que eu queria que desse certo fosse dar errado, como uma coisa que eu pensava que ia dar errado fosse dar certo. E os dois "eu" queriam o controle do corpo físico. Agora parece que o "eu" contraditório tomou o poder. E nem foi um golpe de estado! Então ele tem todo o aval pra fazer tudo na minha vida dar errado, porque se antes ele tinha forças pra me fazer pensar em desistir, agora ele tem total liberdade de fazer tudo dar errado no campo físico. Por mais estranho que soe isso, esse "eu" tá acabando com a minha vida. E sinceramente, eu não sei o que me fará tirar o controle dele. Por enquanto eu estou vendo ele detonar minha vida em coisas que sempre deram errado. E isso é indiferente pra mim. Mas uma hora, na hora que o controle tiver totalmente fora do alcance, talvez ele faça coisas das quais eu não espero que deem errado, e aí já era. Na verdade, o "eu" positivista nunca teve voz ativa. Eu sempre ignorei tudo que ele propunha. Era assim: Se eu ficava afim de uma menina, o "eu" positivista dizia 'Vai lá e tenta!' e o "eu " contraditório dizia 'Deixa quieto, não vai dar certo'. Aí, se eu partisse do pressuposto que ia dar errado, e pensava em desistir, o "eu" contraditório falava que desistir não era a coisa certa. Se eu tentasse ainda depois disso, dava errado e o "eu" contraditório ainda zombava de mim. Mas não por que eu tentava do modo certo, eu tentava do modo pessimista. Então agora é complicado, por que, se eu pensar que vai dar tudo errado, eu vou estar certo. Se eu tentar fazer acontecer, eu vou saber que eu estava certo quando sabia que estava errado o que fiz. Acho que nada mais vai vencer meu lado pessimista. Mas como diria uma menina da qual eu gosto muito, "Tudo bem que o mal venha..."

domingo, 15 de novembro de 2009

Num dia de domingo...

O vazio de um dia de domingo. A programação vazia na tv. Ninguém quer sair, ninguém quer fazer nada. Então vem a depressão. Não ter com quem conversar, não ter o que fazer. E ainda, pra piorar, a impressão de que fez algo errado, que não se saiba bem ao certo o que foi. Sim, por que depois de não sei o que, a pessoa em quem mais pensamos nos trata com indiferença. Então a cabeça roda. Como corrigir aquilo que não se sabe o que é?
E aí voltam pensamentos dos quais achava que já estávamos livres. Mas se voltam, talvez nunca se foram. O único jeito é resolver. Desses eu sei muito bem como lidar. O único jeito de se livrar disso é resolvendo. O celular não toca, o sentimento é de que ninguém mais se lembra da gente, o que pra mim soa como contradição. O que eu mais queria era exatamente que ninguem me enchesse o "saco". E então, quando de fato isso acontece, fica um vazio. E aí eu lembro de não poder ter tudo que se quer. Não, não é porque a vida fica sem graça quando se consegue, mas é porque o ser humano nunca sabe o que quer.
Eu sou a contradição em pessoa. Por um lado eu penso que não posso desistir de amar por medo de sofrer, eu sempre penso que desistir é mais fácil que tentar. E realmente é. Disso sou prova, é o modo mais fácil de não se conseguir nada. Minha vida foi marcada por isso. Conquistei nada, sofri menos. Mas se tivesse tentado, sofreria um tanto mais, mas conquistaria muito mais. E para os idiotas [assim como eu], vale mais ter sofrido menos do que ter conquistado nada. E nem quando se conquista o que se queria, muda o pensamento sobre desistir. Realistas [ou pessimistas?] como eu, sempre veem as coisas da pior maneira. Sempre esperam o pior, sempre interpretam os "sinais" como negativos, como se fossem nada. E preferem desistir antes de realmente descobrir que eram nada, ou de se surpreenderem de serem simplesmente o que mais queriam. Eu, particularmente, prefiro ficar na dúvida de saber se era ou não do que pagar pra ver e quebrar a cara. Esses pensamentos são os que passam em minha cabeça num dia de domingo. Essa é a depressão de domingo. Por que de domingo? Por que é tudo vazio. Por que é tudo parado. Por que nos outros dias, o sentimento é o mesmo, mas a cabeça tem que ter lugar pra coisas, talvez não mais importantes, mas sem dúvida mais urgentes de serem feitas. Isso tudo é o que se passa em minha cabeça, num dia de domingo.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Num guardanapo de papel


Marconni F. Diniz

"Por que não me importa mais o que acontece comigo?
Não me interessa viver com calma, já não quero tratar da alma
Não me interessa ser templo de um espírito

É indiferente ser alguém de quem se possa gostar
Não sinto que seja algo que ao coração vai faltar
Não se identifiquem comigo, isso já nem eu consigo

Um dia me perguntaram o que sinto
Respondi com indiferença, acabei com cada crença
Em meias verdades, eu minto

É indiferente permanecer sozinho
Ainda que assim, a vida se assemelhe ao infinito
Mas espero ainda encontrar um amor
Pra amar como homem e viver como menino

Um amor do qual não se comente
Que veja a indiferença em meu coração
Veja o que há de contradição
Mas me ouça e diga que me entende

Que queira viver ao meu lado
Me ajudar com meu fardo
Saber que pode dividir também o seu
E que me possa dizer: 'Você é um amor pra eu chamar de meu'

Mas por enquanto, prevalece a indiferença
Isso é o que me restou como crença
É ela que preenche meu coração
Regada com uma dose de contradição"

domingo, 8 de novembro de 2009

Os Abismos da [minha] vida

Por que esse título...? Na verdade eu penso em um abismo que atualmente me incomoda muito.
O abismo entre agradar as pessoas que eu gosto e que gostam de mim e fazer as coisas que eu quero fazer.
Sim por que eu admito que, ultimamente, as minhas escolhas não fazem bem pra mim...pra minha saúde eu diria. Mas são as minhas escolhas, eu penso nas consequencias dela. Pode parecer burrice, pode ser burrice, mas eu sei que não me fazem bem, mas me fazem feliz. Eu não as escolhi por me fazerem mal, eu as pratico por me fazerem feliz...Na verdade não me fazem feliz, pois só tem uma coisa que me faz feliz: eu mesmo. Mas eu me sinto bem, gosto disso tudo.
Muito antes de eu praticar isso tudo (quem me conhece sabe que coisas são essas), eu já tinha um pensamento que era assim: Prefiro comer de tudo que eu quero, com gordura, colesterol e tudo a ter uma comida saudável de gosto ruim. Prefiro comer porcarias gostosas e morrer feliz a comer uma comida bio-desagradável e viver muito. Viver muito pra que? Sou intenso....eu me arrependo do que faço, não do que não fiz. Prefiro me arrepender a dormir na vontade, por que  o tempo não para, ele não volta. Então as pessoas que gostam de mim estão preocupadas. Onde eu não vejo preocupação. Fazem um escarcéu, uma tempestade num copo d'água. E aí eu sou obrigado, por mim mesmo, a pensar numa maneira de agradar eu e eles, a Gregos e Troianos. Eu não tenho motivo pra fazer o que faço, eu simplesmente gosto e vou adiante. Na verdade...talvez aparente certo que eu desisti da minha vida...é esse o sentimento que tenho por tudo isso, e ridículo, pois tenho muito pra viver. Mas eu não penso no futuro mais, só penso no agora.
Acredito que existe o caminho errado e o certo, mas não acredito em escolhas erradas ou certas. Cada escolha, uma renúncia. Se eu escolho tomar Coca-Cola, eu renuncio cálcio nos ossos. Se eu escolho acordar no domingo 12:00h, eu renuncio assistir Auto Esporte. Então eu posso estar no caminho errado, mas as minhas escolhas não. As pessoas partem de um pressuposto e analisam minhas escolhas, mas não por elas mesmas, mas sim pelo que eu renunciei. E mesmo assim, não percebem que eu sei muito bem o que renunciei. Partem de um pressuposto que tem que ter um motivo, as vezes até se julgam saber qual é. E sinceramente, não penso assim.

Moral da história

Continuando o assunto sobre relacionamentos, talvez esse seja o post final, pois pretendo expor tudo que deu pra tirar das minhas experiências.


Uma vez li no orkut: "É o amor e não o tempo que cura todas as coisas". Não vou dizer o que é isso, só o que eu acho. Acho que isso é mentira. Sim, é o tempo que cura todas as coisas. Com amor ou sem amor, tudo se cura com o tempo. Com amor pode ser mais fácil, é claro. Mas é o tempo que cura tudo. As vezes o sofrimento é imenso, mas quando pensamos que, com o tempo, tudo vai ficar bem, isso nos alivia...


Existe uma comunidade no orkut que se chama "Queria mandar no meu coração". E quem é que não manda? Se a gente quiser, manda sim. Talvez não em quem ele vai gostar, mas com certeza de quem ele não vai gostar. O que muita gente faz é usar o coração de conselheiro. O coração "diz" que gosta de alguém, a pessoa pensa: "É, quem sabe ele não tá certo?...". Também acham, que por não controlar de quem ele gosta, acha que não pode controlar nada.

Homem Vs Mulher - Parte 1

"Encontre um homem que te chame de linda em vez de gostosa.

Que te ligue de volta quando você desligar na cara dele.

Que deite embaixo das estrelas e escute as batidas do seu coração, ou que permaneça acordado só para observar você dormindo.

Espere pelo homem que te beije na testa.

Que queira te mostrar para todo mundo mesmo quando você está suando.

Um homem que segure sua mão na frente dos amigos dele.

Que te ache a mulher mais bonita do mundo mesmo quando você está sem nenhuma maquiagem e que insista em te segurar pela cintura.

Aquele que te lembra constantemente o quanto ele se preocupa com você e o quanto sortudo ele é por estar ao seu lado.

Espere por aquele que esperará por você...

Aquele que vire para os amigos e diga " É ela!"


Não, não estou sendo romântico. Vim aqui expor meu raciocínio sobre coisas que as mulheres pensam, ou acham que pensam, mas que elas sabem que não tem nada a ver com o que elas acreditam. Analisando em partes, fica assim:

1° Verso: Até aí tudo bem, acho mesmo que a mulher da nossa vida tem que ser linda, e não gostosa.

2° Verso: Descordo. Nenhuma mulher quer que você ligue pra ela quando ela desliga na sua cara. Quando ela desliga na sua cara, ela tá furiosa. Se vc ligar, ela não vai te atender e vai ficar te xingando enquanto o telefone toca. Mas, se você não liga, um dia ela vai te jogar isso na cara!

Do 3° ao 7°, é tudo muito romântico, coisas com as quais eu concordo.

8° Verso: Não, a mulher não quer que você a lembre constantemente o quanto você a ama e nem o quanto é feliz ao lado dela. Isso o torna grudento. Aí um dia ela termina com você e fica sem entender por que ela fez aquilo, sendo que você demonstrava pra ela o que ela era pra você e o quanto era.

O 9° e o 10° também são coerentes.


"Mulheres são como maças, as melhores estão no topo.

Os homens não querem alcançar essas boas, porque eles têm medo de cair e se machucar. Preferem pegar as maçãs podres que ficam no chão, que não são boas como as do topo, mas são fáceis de se conseguir.

Assim as maçãs no topo pensam que algo está errado com elas, quando, na verdade, eles estão errados.

Elas têm que esperar um pouco para o homem certo chegar... aquele que é valente o bastante para escalar até o topo da árvore !"


Já esse não tem nem o que dizer, é ridículo. A base da argumentação é: As maçãs do topo nem sempre querem ser alcançadas. E se o homen tem medo de cair é por que já chegou ao topo e a maçã não quis sair da árvore, ele acabou caindo. Os homens também não gostam de maçãs podres, ou, sem duplo sentido, as fáceis de pegar. E, em se tratando de maçãs, onde entra aquela famosa citação que diz: "Uma única maçã podre é capaz de estragar todas as outras."? As 'maçãs' pensam que não podem conviver com outras de outra classe, para não estragar