sábado, 3 de setembro de 2011

Um dia me disseram...

Saudade. Uma palavra que só existe em português, mas um sentimento que todo e qualquer ser humano tem. Por que o termo surge do sentimento, e não ao contrário. Como eu sinto falta da minha infância quando saudade era da falta de uma pessoa que iria voltar. Hoje a saudade é imensa, tanto em intensidade quanto em significação. De repente, eu vi que tenho muitas saudades. De um tempo que se foi, de um momento, de uma pessoa que se foi pra nunca mais, de pessoas que ficaram quando eu parti e pessoas que partiram quando eu não pude ir. Mas todas essas saudades não são nada perto da pior saudade que descobri: a saudade, não de uma pessoa que não pode estar mais comigo, mas de uma pessoa que não está comigo por que não quer. Claro, ela tem seus motivos, mas se houver um querer mais forte, nada impede. Essa é a pior saudade. Não de uma pessoa que está a 2.000 Km de distância, mas de uma pessoa que está a 2 quadras da minha casa. Uma pessoa que vejo todos os dias, mas não posso olhar. Passo perto quase todos os dias, mas não posso abraçar. Tenho que falar "oi" quando quero dizer "eu te amo". De uma pessoa que eu sei onde mora, onde trabalha, onde estuda. Que eu sei onde moram todos os seus amigos, sei de todos os lugares onde ela gostava de ir. Uma pessoa que, em cada hora do dia, eu imagino o que ela pode estar fazendo. Saudade de uma vida, de um dia, de uma frase, de um simples sorriso. Um dia me disseram que "quem inventou a distância, não sabia o que era saudade". Esqueceram de me dizer que nem sempre o causador da saudade é a distância, e que pode-se sofrer por alguém que está muito perto, mas que o coração está longe.

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