domingo, 8 de novembro de 2009

Os Abismos da [minha] vida

Por que esse título...? Na verdade eu penso em um abismo que atualmente me incomoda muito.
O abismo entre agradar as pessoas que eu gosto e que gostam de mim e fazer as coisas que eu quero fazer.
Sim por que eu admito que, ultimamente, as minhas escolhas não fazem bem pra mim...pra minha saúde eu diria. Mas são as minhas escolhas, eu penso nas consequencias dela. Pode parecer burrice, pode ser burrice, mas eu sei que não me fazem bem, mas me fazem feliz. Eu não as escolhi por me fazerem mal, eu as pratico por me fazerem feliz...Na verdade não me fazem feliz, pois só tem uma coisa que me faz feliz: eu mesmo. Mas eu me sinto bem, gosto disso tudo.
Muito antes de eu praticar isso tudo (quem me conhece sabe que coisas são essas), eu já tinha um pensamento que era assim: Prefiro comer de tudo que eu quero, com gordura, colesterol e tudo a ter uma comida saudável de gosto ruim. Prefiro comer porcarias gostosas e morrer feliz a comer uma comida bio-desagradável e viver muito. Viver muito pra que? Sou intenso....eu me arrependo do que faço, não do que não fiz. Prefiro me arrepender a dormir na vontade, por que  o tempo não para, ele não volta. Então as pessoas que gostam de mim estão preocupadas. Onde eu não vejo preocupação. Fazem um escarcéu, uma tempestade num copo d'água. E aí eu sou obrigado, por mim mesmo, a pensar numa maneira de agradar eu e eles, a Gregos e Troianos. Eu não tenho motivo pra fazer o que faço, eu simplesmente gosto e vou adiante. Na verdade...talvez aparente certo que eu desisti da minha vida...é esse o sentimento que tenho por tudo isso, e ridículo, pois tenho muito pra viver. Mas eu não penso no futuro mais, só penso no agora.
Acredito que existe o caminho errado e o certo, mas não acredito em escolhas erradas ou certas. Cada escolha, uma renúncia. Se eu escolho tomar Coca-Cola, eu renuncio cálcio nos ossos. Se eu escolho acordar no domingo 12:00h, eu renuncio assistir Auto Esporte. Então eu posso estar no caminho errado, mas as minhas escolhas não. As pessoas partem de um pressuposto e analisam minhas escolhas, mas não por elas mesmas, mas sim pelo que eu renunciei. E mesmo assim, não percebem que eu sei muito bem o que renunciei. Partem de um pressuposto que tem que ter um motivo, as vezes até se julgam saber qual é. E sinceramente, não penso assim.

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